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Os patos trazem muitas vezes, no canto do bico, pedaços de relva; de resto um pato tem sempre uma boa apresentação. Tenho uma pata que gosta de ficar por perto, com quem convivi dias seguidos quando fui desenhar junto do lago. Aproxima-se, deita-se e descansa. Tem os olhos muito profundos, mais escuros, bonitos. O olhar dos patos é muito expressivo. Todos são convocados para o banquete, se houver o que comer; a minha companheira, sobre o verde, já tentou vir mordiscar tubos de tinta mas sobretudo visita-me, num gesto independente. Tem um ar delicadamente interessado, sentimo-nos bem perto uma da outra. No fim, a água do frasco em que lavo os pincéis fica da mesma cor pardacenta da água do lago. (no desenho, ela é a que espreita com a máscara vermelha. )
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