Maria João Worm


Poesia onde a beleza inevitável ainda se senta,
18 Dezembro 2009, 1:32 am
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Fui à Faculdade de Letras e vi uma cadeira desconjuntada que alguém jovem e ainda tomado por alguma ideia de bondade, encostou a um corrimão de vão de escada. A cadeira exausta parece escorregar sem força nas pernas. Bem sei que na Universidade os alunos normalmente querem fazer as cadeiras em que estão inscritos. Esta cadeira abandonada sem cuidados paleativos que não o encosto à parede da Instituição, não se revolta, está apenas reclinada. Contraria a métrica dos ladrilhos e desaba para a morte com aparente elegância.

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