Maria João Worm


Porquê? Quando fores grande vais perceber.
18 Junho 2011, 4:27 pm
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E se as respostas existem antes das perguntas? Pergunto eu.  Perguntar é um verbo, poderia existir o verbo desperguntar. Aliás perguntar parece, enquanto palavra e a sua sonoridade, uma constipação obstipada que precisa de uma resposta mesmo que seja só para entreter e rabiscar um percurso de um novelo que aparentemente ao se mapear não se perde no labirinto cerebral. Pode ser intima, pode ser insistente como na idade dos porquês que por vezes é poesia que vive da rima e da persistência. Um exercício de respiração lançado num radar morcego que só quer saber o seu lugar: que lhe seja devolvida a consciência da existência. Infelizmente tem demasiada presença social, no sentido que preenche o vazio que decorre de uma impaciência cega que quer despachar o desespero da irresolução do mistério e que se liga também a um princípio  de competição. Apesar disso pergunto e acredito que podem existir perguntas que nos fazem pensar. Mas pensar é outro verbo ocupacional,  mais à defesa do que em proveito de todos.

E pergunta-se a uma criança que cor é que gostas mais? Como num concurso. Poderá ficar calada se ainda não tiver integrado este sistema de finalidade pódium. Tem uma caixa de lápis usa-os para desenhar. A resposta encontra-a com simplicidade. A cor que usa mais, é o lápis mais pequeno.

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