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Vi um canteiro com uns seis pés de roseira que em conjunto dão a ver a sua vontade de se revelarem em rosas. Neste momento, em botão são o que neste mês de Abril poderia ser entendido como punhos cerrados, em direcção ao céu manifestando-se.
Têm a aparente delicadeza dos pincéis que esperam e guardam o que pode vir a acontecer, caso alguém chegue e deles discorra.
Pensei que seria possível delimitar o talhão de terra onde florescem com cordões solenes, os mesmos que se usam nos museus e que obrigam os incautos a respeitarem o espaço sacralizado.
Esta exposição poderá eventualmente ter como comissário o Dr. Emanuel Dervixe mestre de Ebru, e terá patrocínios de várias funerárias bem como de agências de turismo.
O artista expõe há muito tempo, o seu trabalho é de tal modo regular e de tamanha mestria que se vulgarizou. Muitos são os que lhe solicitam entrevistas. Nunca foi fotografado. Acusam-no de quase tudo. Muitos não acreditam que exista. Dizem que é uma farsa.
Contudo que extraordinária exposição. Por favor, críticos, dêm aso ao vosso talento de comparar o conhecimento disperso, discorram referências e condenações; teçam da nossa querida inteligência rasgos de toque sublime, ou então calem-se para sempre.
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