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Mina dura, cristalina
Montanha do eu antes de mim
Desce!
Trina a árvore,
Corta clara a luz no chão.
Já não espero.
-Vale geograficamente ser feliz?
Onde as flores de cores tão certas
Passam por tudo o que fiz?
Vale o desenho de geograficamente ser
O ter sido o que é agora?
Alva flor de cor tão certa
Mata-me a seda do vulgar.
Atempadamente a beleza é a oferta
Do que não me pertenceu.
Resta o fusco, toldo, trombo,
Tralha tímida.
Tristeza do que aprendi.
Volta a tratar: retrata
Limpa com a água usada,
Chá do chão por onde passei.
Na casa vão ficar os quartos minguantes
Sem passar a lua nova.
A minha terra é um observatório
E um lago de águas paradas.
Reconheço o reflexo dos ciclos
Mas não posso devolvê-los.
Aprendi que passatempos duram apenas por si.
Sou do tempo,
É em mim que ele torna visível a forma da sua existência.
Sou alimento que se come e é comido.
Acho as palavras que amo
Enquanto se segue
O veio afluente do rio.
Canta a água a liberdade
De seguir por entre as margens.
E tudo é motivo de paragem
E segue-se mesmo assim.
Salgando-se a água doce.