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Quando chove o guarda-chuva fechado escreve. Quando não chove escreve mas nem sempre é fácil ler.
Da última chuvada ficou registado o que segue:
É preciso regar
é preciso dobrar os lençóis.
Sorrir eventualmente.
Já me custa perceber o que distancia a hipócrisia da sinceridade.
E sabes, porque tenho de dizer
o que duvido que sei,
fico com o peso do tempo que como me disseram deveria pesar no que dizem que se pode querer.
Despidos há respeito e vergonha.
Quero dizer de um modo tão simples,
mas turva-se o encantamento entre o sonho e o que parece ser.
Qual dos dois é mais real.
Não gosto de enrolar cigarros, são mais fluentes os que aparecem feitos.
Por isso enrolar desconcerta.
Provávelmente é no desconcerto que habita estruturalmente o que não pode ser hipócrita.
E é só porque não pode atempadamente ser, que acaba por ser sincero.
É preciso regar
é preciso dobrar os lençóis.
Sorrir eventualmente.
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Letra da música O Sr. Hipólito (traduzido livremente da versão inglesa)
Para o Sr. Hipólito um guarda-chuva é também um guarda-sol.
Normalmente usa-o fechado.
Eis o Sr. Hipólito, calcorreador.
Exactamente ele mesmo, faça chuva ou faça sol.
Caminha mesmo que se faça tarde, descansa e ganha tempo.
É naturalmente ele próprio, atento na distracção.
Gosta de passear com vários patos e apenas um cão.
Acontece-lhe assim e ele acha graça.
Viva o Sr. Hipólito!
Refrão
O Sr. Hipólito é fantástico
está tão perto do que antes de saber é.
Já esteve em tantos lugares e porém
é sempre um princípio quando começa a andar.
O Sr. Hipólito é um senhor encantador
sobreviveu à terceira fase da estupidez
e segue lúcido, firme, tão sinceramente
é ele próprio mais os patos e o cão.