Maria João Worm


L’ORSO BOROTALCO E LA BAMBOLA NUDA ITALIANA
25 Fevereiro 2017, 8:43 pm
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Desde hoje até ao próximo sábado, na montra do Atelier Artes e Letras, a convite de Inez Caria, terei duas caixas de luz que espero conversem com este lugar tão especial. São dedicadas a dois “bonecos” que também se encontram presentes partilhando uma chávena que creio estar cheia da beberagem que aparece quando se dá vida a uma história. Quando anoitece elas irão fazer jus da sua essência, e acenderem-se.

Um urso e uma boneca, um apito-comboio que anima um fio, uma casa que já passou imagens dentro dela para se espreitar. Um sabichão com memória de elefante. Fantasmas para habitar, lembrando-me como se conjugam os verbos. Ser, estar, no gerúndio de existir.

Breve,muito breve. Sopro. Vindo de longe. Agora.

Rua dos Poiais de S. Bento,90

 



Almada Negreiros-Pantógrafo
10 Fevereiro 2017, 7:06 pm
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O desenho é elástico, propriedade de ser assim em si mesmo. Porque concorre com a vida, vai com ela. Incha em agudos, desvanece com gravidade. Eu, eu ensaio, e tu? Eu escolho, apesar de alguém encontrar.Eu ensaio, existem múltiplas possibilidades. Uma será a escolhida.

Como nos amantes está presente a câmera de filmar. Dentro e fora. A repetição esperançosa.

Como acreditar no tempo contado.

Fixar, escrita do agora. Momento.

Performativo.

Música.

É mais importante a síntese.

Hei-de apurar a Vida.

Sincopar.

A jovem beleza.

O arco,

a Grécia.

Encenação,

fazer permanecer a passagem, o corpo máquina em tensão, aberto.

O centro, o equilíbrio, a figura geométrica. A eficácia da claridade,

ciência do amante dedicado, de cada vez.

Arqueologia como revelação, desencriptação do essencial. Possibilidade de sonhar o novo.

Acentuar a possibilidade de triunfar,sobre o escuro.

Ardósia que revela a linha que delimita o particular.