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Desde hoje até ao próximo sábado, na montra do Atelier Artes e Letras, a convite de Inez Caria, terei duas caixas de luz que espero conversem com este lugar tão especial. São dedicadas a dois “bonecos” que também se encontram presentes partilhando uma chávena que creio estar cheia da beberagem que aparece quando se dá vida a uma história. Quando anoitece elas irão fazer jus da sua essência, e acenderem-se.
Um urso e uma boneca, um apito-comboio que anima um fio, uma casa que já passou imagens dentro dela para se espreitar. Um sabichão com memória de elefante. Fantasmas para habitar, lembrando-me como se conjugam os verbos. Ser, estar, no gerúndio de existir.
Breve,muito breve. Sopro. Vindo de longe. Agora.
Rua dos Poiais de S. Bento,90
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O desenho é elástico, propriedade de ser assim em si mesmo. Porque concorre com a vida, vai com ela. Incha em agudos, desvanece com gravidade. Eu, eu ensaio, e tu? Eu escolho, apesar de alguém encontrar.Eu ensaio, existem múltiplas possibilidades. Uma será a escolhida.
Como nos amantes está presente a câmera de filmar. Dentro e fora. A repetição esperançosa.
Como acreditar no tempo contado.
Fixar, escrita do agora. Momento.
Performativo.
Música.
É mais importante a síntese.
Hei-de apurar a Vida.
Sincopar.
A jovem beleza.
O arco,
a Grécia.
Encenação,
fazer permanecer a passagem, o corpo máquina em tensão, aberto.
O centro, o equilíbrio, a figura geométrica. A eficácia da claridade,
ciência do amante dedicado, de cada vez.
Arqueologia como revelação, desencriptação do essencial. Possibilidade de sonhar o novo.
Acentuar a possibilidade de triunfar,sobre o escuro.
Ardósia que revela a linha que delimita o particular.