Spectacles
Já sabes que eu não sei
mas especulamos (à inglesa com óculos
de fundo de garrafa).
Às frases bonitas
empreende-se o trabalho da inscrição
como na corrente de ouro do relógio de bolso.
A eterna ignorância é um motor que se contraria.
O vazio define-se nos aros.
Justificando a pose nua de um adereço potencial.
Uma peça que permite o acesso embaciado das dioptrias
à ciência miope e estrangeira ao corpo.
É difícil ficar na erudição do tacto
que nunca quis mais do que sentir.
(poema de Louise G. Traduzido por Rosalinda F.T.)
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No pensamento também existem ruas, atalhos e avenidas. Todos percorremos essas vias. Uns mais depressa que outros. Há quem se detenha no pormenor e quem vá distraídamente até chegar. Outros vendo o que a cada instante se mostra e perpetua passam dizendo: reconhecer. Rápidamente ou devagar chega-se à estação terminal.
Existe um mapa universal que se traça, de cada vez que daqui se parte e ali se fica. Por entanto há diferenças, dores de pernas e acumular de tempo. Trovoadas. Trombos surdos sem trovão. Varizes de vontades várias que circulam. Rasgos que no céu do corpo ficam marcados.
Mapas que percorrem mapas. Céus abertos. Exploradores que caminham carregando o peso distraído do passar do tempo e que páram ocasionalmente nas nascentes, intuitivamente por terem sede. Mais forte é a continuação que pertence ao que está para lá do mapa. E assim se encandeiam no desenrolar da estrada. Por vezes cantam, e nisso cantar é completo, porque nele se ouve o que se chora e se dá o maior que se consegue. Esforço que por ocupar tanto, limpa a peste que nos quer a cada passo que se expira. Assim peregrinos, bem hajam!
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Escondendo-se receosa e pronta para se defender
Alegremente espojada a rir
Furtivamente saindo.