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Ainda me encontro com as árvores,
atrás delas estão outras imagens que se escondem como as crianças.
Outras árvores jovens circuncrevem-se nos anéis das mais velhas. é delas que por vezes sai um ramo novo.
Quanto mais velhas mais espaço fisico ocupam, mais a pele endurece para proteger,o que cada vez mais escondem dentro e por detrás delas.
Olá, que bom reconhecer-te e nesse momento, os gelados dos anúncios recordam bicicletas, tempos idos que se perpetuam noutros que agora constroem o que ficará escondido atrás e dentro das árvores.
A memória é um bando disperso como os passarinhos que pousam nas copas altas e nos galhos por entre a folhagem.
Que estranhamente familiar é este encontro, sinto nos nós dos troncos, os nós dos dedos, a aceitação do envelhecimento nos líquenes. Musgos ásperos que lembram as algas. Escrita do vento directo do mar longinquo.
Olho para ti e digo, que bom é ver-te.
Não sabia que precisava tanto de saber reconhecer-te.
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